Não são borboletas no estômago, mas é a temperatura
a subir, a sensação de estar o resto do mundo parado.
Não são borboletas no estômago, mas perceber
que estás muito perto
Não são borboletas no estômago, mas fixar
a tua boca, a forma como os teus lábios se mexem
Não são borboletas no estômago, mas inspirar
o teu perfume aconchegante
(bolas, tive um namorado que usava esse perfume
como esse cheiro me traz memórias
duma relação quente, carnal, da descoberta do amor prazeroso
da exploração dos corpos,
de quando conheci o cheiro a sexo)
Não são borboletas no estômago, mas perceber
que estou há demasiados segundos a sentir a tua proximidade
Não são borboletas no estômago, mas há fluídos
que teimam em escorrer
Tenho que acordar
Que romper com o desvio,
com o alheamento do resto,
de tudo o resto
inclusive do que estás a dizer.
Palavras (não é suposto ser nada)
quarta-feira, 15 de maio de 2013
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
The antropology of makeup
"Os olhos emplastrados de rímel, de que não necessitavam para parecerem macerados, as maçãs do rosto afogueadas e salientes faziam-me desgostar mais do seu rosto do que o teriam conseguido as cicatrizes dos meus próprios golpes. Achei que a sua boca outrora divinamente pálida não mentia tanto assim ao se esforçar por parecer sangrar."
[Marquerite Yourcenar, Golpe de Misericórdia, 1939]
sábado, 4 de agosto de 2012
Estar em casa dói. Por muitas razões.
A violência a que nos sujeitam as pessoas que mais gostam de nós.
A pressão constante.
E depois a culpa, a luta interior por saber o que fazer, o que ouvir.
Desejar estar longe. Poder pensar e agir livremente. Sem restrições convencionais, morais ou outras.
Perguntar: quantos dias mais? (ainda é o 2º que termina)
A violência a que nos sujeitam as pessoas que mais gostam de nós.
A pressão constante.
E depois a culpa, a luta interior por saber o que fazer, o que ouvir.
Desejar estar longe. Poder pensar e agir livremente. Sem restrições convencionais, morais ou outras.
Perguntar: quantos dias mais? (ainda é o 2º que termina)
terça-feira, 24 de julho de 2012
Dói quando nos acontece. Mas custa muito quando acontece às nossas amigas.
Porque sabemos o que está a passar. O que está a sentir. E sentimo-nos impotentes. Não sabemos o que dizer. Nada do que possamos dizer vai aliviar. Só podemos estar solidárias. Oferecer o ombro e o tempo. E desejar que passe, que ela recupere depressa. E que volte a ser dona do mundo.
Porque sabemos o que está a passar. O que está a sentir. E sentimo-nos impotentes. Não sabemos o que dizer. Nada do que possamos dizer vai aliviar. Só podemos estar solidárias. Oferecer o ombro e o tempo. E desejar que passe, que ela recupere depressa. E que volte a ser dona do mundo.
sábado, 21 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Bolas, eu sei que é um blog pessoal, mas...
http://www.nameitchangeit.org/blog/entry/ladies-of-politics-prepare-to-be-judged
A sério:
http://communities.washingtontimes.com/neighborhood/tygrrrr-express/2012/jul/15/will-feminists-ever-complain-something-important/
?????
http://www.nameitchangeit.org/blog/entry/ladies-of-politics-prepare-to-be-judged
A sério:
http://communities.washingtontimes.com/neighborhood/tygrrrr-express/2012/jul/15/will-feminists-ever-complain-something-important/
?????
sexta-feira, 22 de junho de 2012
A vida vale pouco - tudo mente; é sempre mais feliz quem menos sente
A vida vale pouco - tudo mente;
É breve a infância e curta a mocidade;
Gasta-se o tempo em busca da verdade,
Que tanto esmaga e dilacera a gente!
É sempre mais feliz quem menos sente,
Ou quem de ter valor se persuade;
No coração humano há só vaidade,
E quem a satisfaz vive contente.
Por isso te amo tanto, ó natureza,
Linda, potente, majestosa e forte,
Sempre nova na graça e na beleza!
Ser venturosa não me coube em sorte;
Mas ao teu esplendor minha alma presa,
Só por não mais te ver me custa a morte!
Amélia Janny
É breve a infância e curta a mocidade;
Gasta-se o tempo em busca da verdade,
Que tanto esmaga e dilacera a gente!
É sempre mais feliz quem menos sente,
Ou quem de ter valor se persuade;
No coração humano há só vaidade,
E quem a satisfaz vive contente.
Por isso te amo tanto, ó natureza,
Linda, potente, majestosa e forte,
Sempre nova na graça e na beleza!
Ser venturosa não me coube em sorte;
Mas ao teu esplendor minha alma presa,
Só por não mais te ver me custa a morte!
Amélia Janny
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