quarta-feira, 15 de maio de 2013

Não são borboletas no estômago, mas é a temperatura
a subir, a sensação de estar o resto do mundo parado.
Não são borboletas no estômago, mas perceber
que estás muito perto
Não são borboletas no estômago, mas fixar
a tua boca, a forma como os teus lábios se mexem
Não são borboletas no estômago, mas inspirar
o teu perfume aconchegante
(bolas, tive um namorado que usava esse perfume
como esse cheiro me traz memórias
duma relação quente, carnal, da descoberta do amor prazeroso
da exploração dos corpos,
de quando conheci o cheiro a sexo)
Não são borboletas no estômago, mas perceber
que estou há demasiados segundos a sentir a tua proximidade
Não são borboletas no estômago, mas há fluídos
que teimam em escorrer

Tenho que acordar
Que romper com o desvio,
com o alheamento do resto,
de tudo o resto
inclusive do que estás a dizer.




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